terça-feira, 6 de agosto de 2024

OS AMANTES E AS ÁRVORES

Aqui rodeados, 
Destas árvores que nos abrigam,
Deste sol abrasador que nos torra a pele,
da paixão que somos...

Serpeiam ao nosso redor,
Suaves brisas frescas, 
Zangões e Abelhas Rainhas, 
Que das colmeias, saem para nos contemplarem, 
Da paixão e amor, que sentimos e vivemos... 

Até as borboletas, 
Não só as que sinto no estômago,
cada vez que te encontro, 
Também nos contemplam numa felicidade ímpar, 
De um sentimento tão puro e sublime... 

Pudesse eu abraçar as árvores
Como sempre te abracei e abraço, 
Mesmo que cá não estejas... 
Pudesse eu tê-las no colo como ainda hoje te tenho, 
Apesar de não estares... 

Envolto destas árvores e de toda a magia, 
Onde outrora fomos tão felizes... 
Meu Amor 

Márcio Silva 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/
Tela gentilmente cedida, pelo meu caríssimo Nobre Amigo, António Dias Pintor. 

 

CELEBRAR A VIDA

Celebrar a Vida é escrever cada letra, cada palavra, cada verso, cada poema, cada prosa ou até mesmo metáfora. 

É ir ao mais profundo do mago e ínfimo sentimento, buscar o nosso melhor e levar Luz às trevas, Paz às Almas e Amor aos corações... 

Celebrar a Vida é cuidar da Mãe Natureza que tanto nos oferta e nada nos pede, a não ser que a cuidemos e a protegemos da ganância do homem, que de tudo se serve em prol da sua riqueza material, esquecendo do essencial e da humanidade. 

Celebrar a Vida é despir-se de todos os preconceitos, porque pessoas não são raças, são Seres Humanos, porque doentes não são bichos, são Seres Humanos! 

Padece este mundo insano, de uma ideologia tão atroz! Mundo esse de onde todos somos e a ele temos direito. 

Haja mais humanidade, pois a igualdade deve ser do princípio dos tempos e não uma luta constante pela eternidade... 

Márcio Silva 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/

O NATAL

Recordo Natais de outrora, em que era eu uma criança, e me maravilhava com todo o espírito Natalício! 
O toque dos sinos, os presépios, as casas e ruas todas iluminadas, a Árvore de Natal com seus enfeites. 
As montras das lojas sobrelotadas, de brinquedos e guloseimas, e das músicas da época, que tocavam perenemente!
Hoje sendo eu, a mesma criança de outrora, almejo um Natal diferente! 
Porque se o Natal é quando o homem quiser, porquê só na época?! 
O Natal é despir-se de preconceitos, é partilha, é esperança renovada, é entrega de forma pura, é perdão, é carinho, é amizade, é aconchego, é paz, Abraço e Amor…
Hoje eu trocaria, tudo o que tive, o que tenho, pelo tanto que me falta… 
Pois o Natal jamais fará sentido, carregado de coisas supérfluas e Almas vazias… 
Porque o Natal é todos os dias… 
E eu dava tudo, para vos abraçar todos os dias…
Feliz Natal 

Márcio Silva 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/

PREFÁCIO

Caros leitores, bem-vindos ao mundo "Após a Atlântida". 
Honra-me incomensuravelmente, o convite e o privilégio de prefaciar o livro "Após a Atlântida", do amigo e poeta Pedro Miguel Santos. O Autor, que se rege pelos mais nobres princípios e sentimentos, pessoa idónea e de boa índole, que muito cedo enveredou pelo mundo das Artes, desde a música, a literatura, escrita, entre outros, que inclusive já conta com mais duas obras editadas, é um estudioso nato. Sempre numa busca incessante, pelo conhecimento, pela verdade, pela espiritualidade, despoja-se de todos os escrutínios que lhe possam ser feitos, e leva-nos ao mais profundo do seu mago e ínfimo sentimento. Nas águas da poesia, navegamos para além da Atlântida! Esta obra, convida os leitores a embarcar numa viagem lírica, que nos leva para terras desconhecidas, explorando os sentimentos que surgem após a queda do lendário continente perdido. A poesia tem o poder de transcender o tempo e o espaço, permitindo que as palavras expressem o indizível e conectando-nos com diferentes épocas e lugares. Em "Após a Atlântida", essa forma de arte sonda as profundezas das emoções humanas num cenário pós-civilização. 
Assim como a humanidade teve que se reerguer após a queda da Atlântida, a poesia nos presenteia com a oportunidade de reconstruir nossas almas. Cada verso é uma oportunidade de ressurgir das tristezas e perdas, de renovar a esperança e encontrar a beleza no meio do caos. Ao longo das páginas deste livro, mergulhamos nas profundezas, . 37 ( do oceano da emoção, explorando os recantos mais secretos da existência humana. Os poemas aqui reunidos são faróis que nos guiam através das origens míticas do mal, da saudade, do amor e da redenção. "Após a Atlântida" é um convite para mergulhar na poesia e permitir que as palavras nos encantem, nos comovam e nos façam reflectir sobre o nosso próprio caminho. Entre metáforas e passagens vividas, encontraremos a essência do ser humano em sua busca pela superação, compreensão e da verdade. Embarque nesta viagem lírica e descubra o pulsar sensitivo "Após a Atlântida". 

Márcio Silva in "Após a Atlântida",
de Pedro Miguel Santos. 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/

O MERGULHO

Lavei-me de poesia, daquela que me veste em qualquer dia
Às vezes não tem cor, outras é multicolor e, ainda, preta, branca ou outra tonalidade que reflete a minha alma e olhar
Mergulho na imensidão da poesia, como o ar que respiro para viver.
Em cada letra, verso, prosa ou poema, deixo tudo de mim...
O reflexo do meu olhar, pedaços da minha Alma e os mais ínfimos sentimentos.
Já me chamaram mergulhador, surfista de palavras, lágrimas dançantes, estrelas ao luar
Já me chamaram de louco por escrever e não pôr pão na mesa e ser uma "treta" esta coisa de usar a letra.
Mas continuo a mergulhar neste prazer que dá sentido ao sentir e com isto poder outro tocar...
Adrenalina da vida em profundo abraçar desta forma particular
Despoja-te de todos os escrutínios, que te possam ser atribuídos e, sê tu.
Essa Alma ímpar, genuína, louca, que te esvai das entranhas... 
Abençoados os loucos, poetas e escritores, pois o pão deles é dar ao próximo tudo o que têm... 
Mergulhemos na infinitude do ser e do sentir, pois a vida só faz sentido dessa forma, principalmente quando tocamos alguém... 
Que jamais nos falte esta adrenalina na vida, saída do mais profundo do mago, num eterno abraço…

Márcio Silva & Isabel Branca 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/

O FAROL

Vida sem ter um destino, vida perdida, sem rumo…
Como se estivesse em turbulência e uma tempestade enfrentasse!
Quando falta a compreensão, a sinceridade, a lealdade, a dedicação. 
Como se estivesse perdido, num mundo onde nem se encontra a si mesmo, andando à deriva num mar, onde existe uma imensa escuridão, sem encontrar a sua direção…
Seguia sem saber o que fazer da vida! 
Um dia uma pequena luz brilhou, um farol se avistou…
Assim se consegue criar uma esperança! 
Aquela pequena luz, que dá uma nova vontade de querer, um novo caminho para prosseguir e na direção certa seguir. Remar, remar a favor da maré, até um novo destino encontrar… 
Neste oceano negro, frio, sombrio e implacável que é a vida, fita a luz onde renasce a esperança, de a bom porto chegar... 
Rema com veemência, mesmo que seja contra a maré! Atravessando o Cabo das Tormentas, as águas gélidas e turbulentas, tão mortíferas e sangrentas, por onde outrora navegas-te...
Onde ventos agrestes, ciclones, furacões e tempestades, são pequenos nadas, diante da tua coragem e esperança que te movem e acompanham...
Iça as velas e rema, na direção desse farol com terra à vista, onde te aguarda uma nova vida, um novo destino, o teu porto de abrigo... 
Para que te possas de novo reencontrar, com a paz que tanto almejas e quiçá renascer... 

Isabel Figueira & Márcio Silva 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/




DESPERTAR

Como podia adivinhar que me ias tocar dessa forma
Arpa em mim
Foi como um acordar de um sono, um despertar esquecido e, afinal, ainda vivo
Possa eu tocar-te, da mesma forma que me tocas! 
Como os arpejos e dedilhados das Arpas ancestrais, que entoam melodias líricas aos Deuses, quando o Astro Rei se põe... 
Como almejo abraçar a lua e tocar as estrelas cintilantes, nas noites de profundo breu... 
Acordando deste sono, de um despertar esquecido, eternamente vivo, em meu ébrio coração...
Noite escura ou clarão, sou as duas abraçadas em intenso sentir, equilibradas pelo meu íntimo ir e vir, como onda de um mar que é vida guardada e em pleno vibrar.
A pele arrepia, como se suaves choques elétricos despertassem cada pedaço do mapa do meu corpo
Em entrega de alma viro marioneta da mais louca emoção que se liberta em êxtase extensível a instantes que se repetem, sem pressa, presentes e perfumados a suor
Neste intenso sentir, abraço este pleno vibrar da vida guardada, com o equilibrado e íntimo vaivém da onda, desse mar onde me deleito... 
A pele arrepiada por esses suaves choques eléctricos, cristalizada pelo sal que me mapeia o corpo, desperta toda a volúpia...
Desta entrega D'Almas intemporal, que viram marionetas das mais loucas emoções e se libertam, em êxtase total e extensível a instantes que se repetem, sem pressa, presentes e perfumados a suor, como lava jorrada por um vulcão... 

Márcio Silva & Isabel Branca 
https://www.facebook.com/MarcioSilvaAuto/