AUSÊNCIA

Findo mais um dia! 

A noite chegou como tantas outras, gélida e opaca com o profundo vazio da tua ausência. 

À minha espera está o mesmo de sempre!

Uma casa a cair de velha, e sombria como eu! 

Onde coabitam os mais nefastos fantasmas, que me atormentam dentro daquelas paredes. 

A insônia bate à porta, teima em me perseguir! 

Pernoito em ti, na tua ausência, olhando aquela janela na esperança que a lua me visite e me traga um pouco de luz. 

Mais uma vez, não aconteceu! 

Ali fico naquele breu profundo, com os silentes gritos da minha alma a chamarem por ti! 

Sei que me ouves!

Sei que me sentes! 

Embora que à distância, mas de uma forma tão intensa como se estivesse ao teu lado. 

Leve brisa chega exalando a mais doce fragrância, o teu perfume! 

Que por momentos, chacina o cheiro a mofo de tudo o que me rodeia… 

Márcio Silva

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